Ando com vontade de escrever ultimamente. Não sei se pela quantidade absurda de livros que estou lendo ou se pelo saudosismo da época que eu achava que um dia eu iria escrever. Eu gostava de literatura e gostava de livros, então óbvio que eu iria escrever um dia.
Mas acontece que a vida rumou para outro lado e hoje eu nem
sei onde foi parar aquele meu sonho.
Ainda tenho guardado um caderno daquela época, mas ele está
bem magrinho, consequência das páginas que eu arranquei e taquei no fogo (ou
seria no lixo mesmo?) junto com tantos outros cadernos que eu já usei para
escrever. Eu relia os textos e pensava: como eu era boba. Hoje eu penso em como
ainda sou boba, não somente por conta do que eu escrevia, mas também por conta
de tudo que eu deixava e ainda deixo de fazer, de dizer, de sentir... A vida é
um eterno sentir-se bobo.
Veja por exemplo esse blog – alguém ainda faz blogs? Eu
escrevo, escrevo, escrevo e faço o quê? Não mostro para ninguém! Se você está
lendo esse texto, sinta-se uma pessoa muito querida e estimada por essa que aqui
escreve, porque – quase – ninguém tem esse endereço http.
Aqui é um espaço onde jogo palavras ao vento, mas não espero
que ninguém as leia. Quero dizer ao
mundo o que sinto, mas não quero que ninguém ouça.
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